foll

quarta-feira, 5 de março de 2008

Realidades poéticas subversivas e teatrais

ATO I

1° voz:

- Não queira chorar. Não mostre sensibilidade. Não mostre que não podes mais. Não mostre que és humano.

2ª voz:

(Crueldade)

- Os sapos enfunando papos não preferem mais as poesias de bandeira.

Escuta-se um choro.

3ª voz

("Fraqueza")

- Não posso chorar perante a isto? Meu peito transborda de dor.

1° VOZ

- Ávida, mas ainda sim, não é um poema e não merece chorar pelos sapos de bandeira.

3ª VOZ

(vitimação)

- Não vê aquela voz acometer meus sentidos em tamanha crueldade?

1° VOZ

(Desdém)

- Uma voz de repente acomete seus sentidos; mas desde quando voz acomete sentido se não em poema? Que tua voz medíocre nada é!

A luz apaga, nada se escuta, talvez as pessoas pensando, pensando, pensando e isso causa inquietação, um mover delas em suas cadeiras.

ATO 2

2° VOZ

(olhando para os pés)

- Queira chorar. Mostre sensibilidade! Mostre que podes mais. Mostre que és humano.

1° VOZ

(quase chorando)

- Vá ler Bandeira.