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segunda-feira, 29 de março de 2010

De esquerda pra fevereiro

Eu lembrei do som doce na aula de canto que nunca fui, dos pedaços gigantes de purpurina do tamanho da palma da mão do meu primeiro professor de artes.

Comecei a nadar contra a época em que o tempo
era só maré de azar e sorte.

Daí descobri uns sentidos diferentes das formas
geométricas que sempre vi.

A Verdade é que sempre confesso. Sufoquei ângulos e nunca estive em 90°, apesar de 180° ter o mesmo efeito quando é preciso voltar.

Os pesadelos se tornaram enfadonhos. Ou não.
Nem mesmo é um adjetivo tão bom de usar
sem saber expressar o que é bom não sonhar.

Tem motivo pra deitar do lado "errado" da cama,
assim como não há motivo pra deitar em cama errada.

Já é fevereiro quando deixo de abrir as janelas
e deixo o ar ligado

Qualquer coisa é compreensível se
não se têm intenção de vivê-la de verdade.

Mas é fácil perceber que é exatamente a distância que me faz viver o mundo inteiro.